quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Brotar do chão

Renasço da China

Das cinzas, 

Do estado da alma vagante,

Renasço do amor,

Renasço da dor,

Da esperança que grita,

Que arde,

Do tormento, 

(Falso) Alarde,

Do futuro que espera, 

Que nasce,

Persevera,

Diante da tua retina,

O horizonte me parece escarlate,

Em forma de arte, 

A arte de viver e celebrar:

O que morre, 

O que nasce,

O que tem sumonde vida,

Respira,

O que escorre por entre os dedos,

O desejo de encontrar tesouros escondidos,

Perdidos no tempo,

Ver a beleza no que parte.


Com limão, a limonada,

Com as cinzas, 

O substrato que revigora,

Que me faz brotar do chão. 

Tocar a pele da vida

 Basta comunicação a distância,

Overdose de informação,

Quero descontectar-me do mundo,

Desatar os nós dessa rede,

Olhar o meu eu mais profundo.


Usufruir deste campo de visão,

Por entre as paredes,

Do horizonte que visualizo,

Eternizo.

Passear pelo universo que me enrosca, 

Livre, selvagem, paralelo, 

Passar pela porta,

Apreciar o belo deste mundo que me sorri.

Quero a pele da vida tocar.


O lugar que sempre quis estar é aqui,

É assim que desejo existir,

Olhar pela janela e ver a vida toda, toda ali, 

Acontecer diante de mim,

Ahhhhhhh!

De olhos abertos agora consigo ver-sentir-me.

sábado, 13 de dezembro de 2025

Incendiarius

Te desejo incessantemente,

Contigo quero me libertar,

Te quero de forma inconsequente,

Já me sinto navegando em teu mar.


Daqui te abraço,

Te entrelaço,

Te amasso,

Desejo transcende a imaginação.

O teu doce sorriso me acende,

Incendeia,

Colore o meu coração.


De repente me ponho atrevida,

Voz que me excita,

Quero do teu vinho beber,

Com o teu corpo saciar a minha sede,

Balançar-te em minha rede,

Provar teu fervoroso prazer.


Fica comigo esta noite,

E na dança do acasalamento,

Faz-me tua,

Faço-te meu.

Quebremos o "schermo",

Atravessemos o buraco negro,

Desafiemos o espaço-tempo,

Tudo pelo prazer.


Então... beijemo-nos,

Abraçemo-nos,

Devoremo-nos,


E a vida, 

Que sempre esteve à nossa espera, 

Compõe notas ardentes,

E põe-se a cantar.

É o início de uma nova era

Eu, tu; tu e eu = nós.

Despidos do medo de amar.