O sino da meia-noite sugere a hora de dormir,
Mas Cinderela insiste em ficar,
Esperar,
Nada de partir.
Sonha em ser a mulher dos teus desejos,
De encher-se-te de beijos,
Desnudar-se-te,
Entregar-se-te,
Gozar de ti e em ti,
Na dança do desejo te conduzir,
Consumir-se de ti.
Orgasmos!?
Não, marasmos.
Pobre carente Cinderela...
As badaladas assustam, atordoam.
Mas amanhã se trabalha,
Vem a batalha.
O leito vos espera,
Para uma aconchegante noite quente,
Sob lençóis límpidos e calmos,
Na primavera.
Amanhã quem sabe, menina,
Vem o príncipe-anjo,
Com o outro sapatinho de cristal,
A teu nome ulular
E possa-se, enfim, praticar,
A dança dos corpos errantes.
02-04-2019
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