Sentes?
O silêncio ao invés do caos...
A constelação que se rearranja.
A surpresa do inesperado.
O movimento de naus
[que vão e que vêm].
A serenidade no lugar do medo.
Da escassez da inspiração,
Gotas de emoção serenizam a dor.
Na revelação de novos mundos,
A poesia se transmuta em esperança...
Vês?
A dança de novos ares,
De corpos errantes entre mares.
É o amor glacial que pulsa,
Nas veias de icebergs.
Vibra Pacífico no frio
Do vasto leito oceânico,
Que se eterniza ao se dissolver
No Atlântico tropical
E em suas paisagens líricas,
Oníricas,
Enigmáticas.
Onde moram os empíricos saberes,
Curandeiros de feridas.
E numa viagem contínua,
Pelos confins do mundo,
Um sussurro ancestral
Se faz ouvir...
Enquanto vaga pelo Mediterrâneo profundo,
E pelo mar que nunca foi morto.
Antes, navio adormecido no porto.
Hoje, ancorado na mais viva
Vontade de sentir a vida que vibra
De novo.
Prontos para a partida...
E a viagem (re)começa.
17-09-2010
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