terça-feira, 4 de março de 2025

De repente, a vida

Sentes?

O silêncio ao invés do caos...

A constelação que se rearranja.

A surpresa do inesperado.

O movimento de naus 

[que vão e que vêm].

A serenidade no lugar do medo. 

Da escassez da inspiração,

Gotas de emoção serenizam a dor.

Na revelação de novos mundos,

A poesia se transmuta em esperança...

Vês? 

A dança de novos ares,

De corpos errantes entre mares.

É o amor glacial que pulsa,

Nas veias de icebergs.

Vibra Pacífico no frio

Do vasto leito oceânico,

Que se eterniza ao se dissolver

No Atlântico tropical

E em suas paisagens líricas,

Oníricas,

Enigmáticas.

Onde moram os empíricos saberes,

Curandeiros de feridas.

E numa viagem contínua,

Pelos confins do mundo,

Um sussurro ancestral

Se faz ouvir...

Enquanto vaga pelo Mediterrâneo profundo,

E pelo mar que nunca foi morto.

Antes, navio adormecido no porto.

Hoje, ancorado na mais viva 

Vontade de sentir a vida que vibra

De novo. 

Prontos para a partida...

E a viagem (re)começa. 


17-09-2010

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