sábado, 25 de janeiro de 2025

SIAMESES

É estranho estar em qualquer lugar,

Onde você não está.

Quem dera ser onipresente,

Para sentir o teu cheiro, 

Teu corpo quente,

Sempre, sempre que dá.

Vício. MEU. É. TU. 

Maldito ou bendito?


As redes telemáticas 

Não suprem tamanha demanda.


Contigo... Comigo

Dois corpos de carne e de espírito 

Atravessam as leis da física, 

Ocupam o mesmo espaço,

Comem no mesmo prato,

Provam do mesmo sabor,

Sentem cheiros de suor e sangue,

Da vida,

Perfumes de amor...


Quando e onde desencadeou-se 

O desencontro desse emaranhado de nós?

Em que atos e fatos

Escapou o desejo de provar das delícias 

De existirmos de corpo e alma para o outro?


Usufruir da tua presença íntegra 

Tem sido a minha causa,

Que já atravessa décadas,

A causa do meu pranto,

De transpor os muros da loucura,

Da ânsia de amor que grita em mim.


Sigo em busca de tua reação,

Sem razão, sem pesar,

Sem pensar,

Luto pelo sentir,

Inegociável sentir,

Em ti, com ti, sem ti tudo parece vazio,

Terreno da incompletude,

Abrem-se as portas do partir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário