É estranho estar em qualquer lugar,
Onde você não está.
Quem dera ser onipresente,
Para sentir o teu cheiro,
Teu corpo quente,
Sempre, sempre que dá.
Vício. MEU. É. TU.
Maldito ou bendito?
As redes telemáticas
Não suprem tamanha demanda.
Contigo... Comigo
Dois corpos de carne e de espírito
Atravessam as leis da física,
Ocupam o mesmo espaço,
Comem no mesmo prato,
Provam do mesmo sabor,
Sentem cheiros de suor e sangue,
Da vida,
Perfumes de amor...
Quando e onde desencadeou-se
O desencontro desse emaranhado de nós?
Em que atos e fatos
Escapou o desejo de provar das delícias
De existirmos de corpo e alma para o outro?
Usufruir da tua presença íntegra
Tem sido a minha causa,
Que já atravessa décadas,
A causa do meu pranto,
De transpor os muros da loucura,
Da ânsia de amor que grita em mim.
Sigo em busca de tua reação,
Sem razão, sem pesar,
Sem pensar,
Luto pelo sentir,
Inegociável sentir,
Em ti, com ti, sem ti tudo parece vazio,
Terreno da incompletude,
Abrem-se as portas do partir.
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