Primeira estação
Forças se esvaem..
Sonhos vêm, vão, varrem...
Varremos roupas, cama, mesa e banho,
In locus, nullus locus,
Andarilhos...
Segunda estação
Varamos a madrugada pelos cantos...
Choramos mais que o chuveiro em prantos.
Pratos?
Não nos servem mais,
Só incerteza...
Imploramos por paz!
Divagamos, devagarmente...
Normais?
Terceira estação
A- m - o - r.
D-e-s-a-m-o-r.
Cara ou coroa.
Há caos, há dissabor, há dor...
Impermanência,
Amargura em flor.
Uma margarida murcha,
Esdrúxula,
Uma flor sem pétalas e caules...
Sem raiz,
Nascem espinhos no ninho...
Quarta estação
Centro de gravidade descentralizado,
Hormônios desarmonizados,
Tic-tac do tempo...
Toc-toc da porta...
Pressão por decisão...
Razão?
Os dias são longos,
Entorpecentes...
Sem noites de descanso,
Calmantes em meio a tormentas.
Dormentes...
Corpo e mente... zonzos, doentes.
Quem cala consente?
Quinta estação
Cada parada, um pranto...
Santa Via Sacra, segue lenta, lentamente.
Folhas secas, cinzentas...
Amargura que se sustenta...
Queda de braço interior:
Desejo de ir, ímpeto de ficar...
Por amor?
Por vício?
Dependência?
Carência?
Fôlego curto,
Aguenta!
Cabeça e coração implodem.
Para onde ir?
Qual a próxima estação?
10/09/2024
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