quarta-feira, 7 de maio de 2014

FUGACIDADE

Rio no vazio, pseudo vazio,
Mantém as lacunas do “arrivo” [no frio],
Espaços óbvios,
Atitudes previsíveis,
Afetos marcados
Na meia luz da rotina.
Chegada e quase conquista,
Seguindo traços bipolares,
[A partida].
Mudou!
Sol, lua...
Cara, coroa
Em casa, na rua,
Da rua para os lençóis.
Dos lençóis para a rua.
O dia chegou!
O sol clareou reluzente.
A dama lua se foi à francesa,
Levando consigo o olhar de sedução,
A boca que beijava quente,
Agora deseja unicamente:
Bom dia, boa sorte!

Eis os estranhos num ninho,
Outrora, ardente, forjado de amor,
Que agora aqui jaz, na paz.

Alice no país das Maravilhas [ou ilusões?].
Frieza estimada da tumba: 10 ºC.
O instante permeia o bom senso.
Pois a orientação:
Tomar a direção oposta do vento,
Ou nadar com a maré, contra o tempo.

O olho no olho desintegrou-se,
Agora são relíquias de impressões digitais
Que os corpos trazem em si,
Pelas trocas fecundas de carícias.
Se as trilhas se cruzam,
Entrelaçadas pelo acaso,
Do planeta e suas órbitas giratórias,
Será necessário dizer:
Boa noite, muito prazer!
Haverá, certamente,
Uma simples sensação de déjà-vu.

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