Eu vou...
Levitando no céu estrelado,
Orgulhosa do momento,
Observando as três Marias
E a plumagem das nuvens arredias.
Ai como sonhei...
Foram tantas noites da minha infância...
Vejo o mundo por um pequeno espelho retangular,
Vejo a cidade pequena de cima...
Que sensação!
Sinto-me superior.
Olha! Agora está tudo escuro,
Não vejo as luzes da cidade.
Como é prazeroso voar,
Ouço uma trilha sonora
Que meu cérebro preparou.
Bendito seja Deus!
Inteligente seja o homem!
Obrigada Santos Drumont!
Tantas vezes do chão observei
Esses objetos voadores,
E ouvi o canto que rasgam no ar.
Não é ruído!
É uma música de liberdade...
Quantas vezes saí de dentro de casa,
Para o meio do meu terreiro,
A procura desse encanto,
Para contemplar a beleza desse espetáculo.
A procura desse encanto,
Para contemplar a beleza desse espetáculo.
À noite a luz vermelha piscava,
Sorria para mim,
Chamava-me,
Subitamente abandonava os meus cadernos,
Embriagada pela sonata desse canto.
Eu só queria apreciar,
E uma coisinha pedir,
Algo inocente:
Digno de uma menina de 6 anos:
“Aviãozinho, aviãozinho,
traz uma irmãozinha para mim?”.
E de pirraça ou ironia vieram três,
Três lindas garotas.
E nunca mais fiquei sozinha.
E ele ainda me levou
Para tantos pontos cardeais do mundo.
Obrigada, aviãozinho!
lindo poema verdadeiro cheio de coração
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