quarta-feira, 7 de maio de 2014

A MINHA MÉTRICA

Tu és meu canto, agudo e desafinado,
Meu mais doce poema de amor e ódio.
Tenho a tua essência metrificada, 
Abstrata,
Em minhas sextilhas,
Em meus tercetos, quartetos...
És o meu mais arcaico e moderno soneto,
Esmiuçado em versos.
Traduzo-te na minha língua,
Derramo-te nas minhas lágrimas,
Comemoro-te no meu riso,
Na minha retina [adrenalina!].
Tu és meu eu,
Pulsas em mim,
Juntos, somos pré e pós-modernos,
Contemporâneos,
Escritos para o mundo.
Sou simplesmente
A tua poeta.
És, contudo, o meu amor!

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